A doença de Alzheimer é uma doença degenerativa e a principal causa de demência entre os idosos. Não possui cura, mas que atualmente pode ser tratada de modo a reduzir os sintomas e proporcionar alguma qualidade de vida ao idoso e à sua família. Fique a conhecer mais sobre esta doença que afeta cada vez mais pessoas.
A perda de memória é uma das doenças mais temidas, sobretudo porque se perde as nossas capacidades mentais, e o Alzheimer é uma forma de demência das mais graves e fatais, a pessoa afetada perde a capacidade de recordar, é incapaz de cuidar de si, precisa de ajuda, torna-se dependente para comer, vestir-se etc.
Em que consiste a doença de Alzheimer?
Mais especificamente, a doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que provoca o declínio e eventual perda das funções intelectuais e mais tarde também das atividades motoras mais simples. A evolução da doença tem um impacto profundo no quotidiano do idoso e da sua família, uma vez que a capacidade de aprendizagem, atenção, orientação, compreensão e linguagem, é grandemente afetada.
A doença não tem cura e as suas causas são ainda pouco conhecidas. Surge normalmente em pessoas com mais de 60 anos, mas existem alguns casos de jovens que desenvolvem o mal de Alzheimer.
O que é a doença de Alzheimer
O Dr. Aloysius Alzheimer (1906), porisso a doença tem agora o seu nome, foi o primeiro que descobriu placas de amiloide no cérebro dos pacientes de Alzheimer em grandes concentrações. Estas placas amiloides são como depósitos de proteína que fazem reduzir as ligações ou sinapses, acabando por matar os neurónios (células cerebrais). Como resultado, o cérebro encolhe até 20%. A destruição das células nervosas faz-se pouco a pouco e acaba por afetar todo o cérebro, incluindo a parte responsável pela memória. A doença de Alzheimer é um processo lento que dura entre dez a quinze anos.
Quais os sintomas?
Por ser uma doença degenerativa, os primeiros sintomas são ligeiros, tendendo a agravar-se ao longo dos anos. Inicialmente o idoso começa por ter falhas de memória, principalmente de factos passados recentemente (a chamada memória de curto prazo), sintoma normalmente confundido com problemas da idade ou stresse. A pessoa pode também estar um pouco mais apática e com alguma desorientação de tempo e espaço, ou seja sem saber onde está ou em que ano está.
Com o avançar da doença, estes sintomas agravam-se e surgem outros, como a confusão mental, falhas de linguagem, agressividade, perda de memória a longo prazo, dificuldades de coordenação. Na fase terminal da doença, o idoso torna-se totalmente dependente de terceiros.
Como prevenir a doença de Alzheimer?
Nos estudos realizados até hoje, não existem provas concretas de que determinadas ações possam prevenir a doença, mas acredita-se que alguns fatores estão relacionados com a probabilidade de vir a desenvolver o mal de Alzheimer: a alimentação, o risco cardiovascular e atividades intelectuais.
Uma alimentação rica em vegetais, fruta e cereais, azeite e peixe está associada a um menor risco de desenvolver a doença. Assim como baixos níveis de colesterol, hipertensão, diabetes e consumo de tabaco. Crê-se ainda que as atividades intelectuais, como a leitura, a escrita, os jogos de tabuleiro, os jogos como sudoku ou palavras cruzadas melhoram a memória e a concentração e podem atrasar o início da doença e a sua gravidade.
O papel da família
Ainda sem cura, a doença de Alzheimer tem, no entanto tratamento, que pretende principalmente minimizar os sintomas e retardar o agravamento, de forma a proporcionar alguma qualidade de vida ao idoso e à sua família. A família do doente tem um papel fulcral durante todo o desenvolvimento da doença, mas passa também por um momento difícil da dinâmica familiar, uma vez que o idoso exige muita atenção e disponibilidade da parte de todos.
Com o avançar da doença, aumentam as dificuldades tanto para o idoso como para os familiares que têm de lhe prestar auxílio até nas tarefas mais básicas do dia a dia, como vestir-se ou ir à casa de banho, além de ter de lidar com irritabilidade, desorientação e falhas de memória. É importante que a tarefa de cuidar do idoso seja repartida, de forma a não exigir demasiado esforço de um só familiar. É essencial falar com o médico que acompanha o idoso e esclarecer todas as dúvidas, assim como pedir aconselhamento. Existem mesmo programas de cuidados de idosos com Alzheimer, onde os cuidadores e/ou familiares podem esclarecer dúvidas e aprender mais sobre a doença.
Joana Dark Viale diz
Minha mãe tem Alzheimer em face final, e gostaria muito de alguns conselhos pois tenho família grande mas quem cuida é somente eu e a minha prima é uma das minhas irmãs um final de semana por mês, hoje o único medicamento que ela usa é revotril e risperidona, já passamos por várias situações difíceis mas vencemos com a graça de Deus.